A mesa redonda “Laranja Mecânica 55 anos: Política, sociedade e comunicação na obra de Anthony Burgess” acontece no dia 24 de novembro às 18h30min, no Auditório Nilton Lins, localizado na Unidade II.

Com a presença dos professores Cleyton Monte, Klycia Fontenele e Renato Ângelo, o evento tem como objetivo construir ferramentas de análise de uma obra de ficção nos termos do pensamento social contemporâneo, situando os alunos no universo histórico, cultural, material e ideológico, de elaborações que cercaram boa parte da política do século XX.

Os alunos terão uma discussão interdisciplinar da obra, interligando os temas discutidos por Burgess com as produções teóricas da Antropologia, Sociologia Contemporânea e Teorias da Comunicação, sem deixar de lado o discurso atual e crítico desse clássico.

“Estamos comemorando 55 anos da publicação dessa obra que é, sem dúvida, um marco da literatura universal. O texto de Burgess se mantém vivo e atual, pois aborda questões pertinentes à sociedade moderna: violência, juventudes e Estado”, afirma Cleyton Monte. O professor lembra das características únicas do livro: “Outro elemento fundamental presente em Laranja Mecânica é a construção de uma linguagem única, uma gíria que agrega elementos do russo e do inglês, chamada pelo autor de nadsat”, completa.

Sobre a obra
O livro, publicado em 1962, é uma narrativa de um adolescente (Alex) que vive numa sociedade inglesa do futuro, integrando e liderando uma gangue que se ocupa em roubar, estuprar e violentar qualquer pessoa que esteja em seu caminho. Em uma de suas empreitadas, o anti-herói da trama acaba sendo preso e passa a ser cobaia de um novo método experimental de mudança de comportamento (tratamento ludovico). O Estado defende a tese de que é possível alterar a natureza violenta de figuras como Alex. O tratamento vai associar o prazer da violência com um profundo mal-estar físico, fazendo com que Alex enlouqueça.


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